Cotas raciais e paridade de gênero foram aprovadas para presidência da OAB; Dr. Alcir explica

15 de dezembro de 2020

Dr. Alcir Rocha, advogado, professor da UESPI e controlador da Câmara de Vereadores de Guanambi, fala sobre as cotas raciais para presidência da Ordem dos Advogados do Brasil.

A paridade de gênero para registro de chapa nas eleições da OAB já é uma realidade. A proposta, aprovada nesta segunda-feira (14/12) por aclamação, já estava encaminhada desde o início do mês, quando o colégio de presidentes da Ordem aprovou o percentual. A partir de agora, as chapas só serão registradas se alcançarem a cota de 50% de mulheres, tanto para titulares como para suplentes. Para falar sobre o tema, o advogado e professor Alcir Rocha trouxe diversos esclarecimentos sobre essa decisão da OAB que abrangerá todas as seccionais do país. Indagado sobre quando a proposta da paridade de gênero surgiu dentro a OAB, o advogado disse que já havia esse pensamento dentro da Ordem desde que o governo federal começou a discutir e implantar a questão das cotas raciais e da paridade de gênero em concursos, composição política e afins.

Alcir enfatizou que, no Brasil, existem mais de um milhão de advogados na ativa, o que dá em torno de um advogado para 190 pessoas e, em média, 49% de mulheres atuando como advogadas. “Se percebeu que olhando, amplamente, o Brasil, a quantidade de mulheres ocupando a presidência das subseções, seccionais e da própria OAB federal é um número muito pequeno com relação ao ela representa no Brasil. E ai nasce à questão: porque que a mulher não está ali ocupando cargos de relevância, porque que a mulher não se encontra ali? E ai, dessa discussão se pensou em transformar as chapas de quem vai concorrer à presidência e direção da OAB em paridade de sexos, entre homens e mulheres.”

O professor também colocou que essa mudança ainda não foi bem aceita dentro dos quadros da OAB. Rocha diz que existem críticas quanto à competência da mulher, que “isso é uma bobagem, que não era necessário fazer algo assim”.

O bacharel diz que “na minha avaliação, apesar das mulheres serem metade das advogadas, Guanambi foi uma exceção, quando teve, aqui, duas presidentes. Quando você olha na galeria de ex-presidentes da OAB (de Guanambi) você vai ver duas mulheres como presidentes e os demais homens”.

Ouça a entrevista completa ou clique aqui para ver o vídeo da entrevista a partir dos 40 minutos de live.

 

 

De acordo à Lei 9.610/1998, que trata sobre os direitos autorais, não é permitido à propagação desta entrevista ou fragmentos, em outros veículos de comunicação, bem como em redes sociais, sem a solicitação de autorização a este veículo de comunicação.

Por Willian Silva – Portal Fala Você Notícias 

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