Especialistas traçam perfil de agressores de mulheres; identifique características abusivas em 5 pontos

19 de abril de 2019

Para investigadores e psicólogos, homens que cometem violência contra mulheres são, em geral, considerados ‘cidadãos comuns’.

Identificar um agressor de mulher não é tarefa simples. Em geral, este criminoso não tem características aparentes como a arma em punho de um assaltante. Em muitos casos, sequer possui antecedentes criminais. Então, como se prevenir?

O G1 ouviu especialistas e pessoas que lidam com o tema diariamente para traçar um perfil destes homens. Além disso, o modo como os agressores se comportam é parte fundamental para a identificação. Muitas vezes são os chamados “cidadãos comuns”.

De acordo com delegada Fernanda Fernandes, que atua diariamente no combate a este tipo de crime na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense “até as pessoas que convivem com o agressor não acreditam que ele tenha praticado esse tipo de delito”.

Em 2018, mais de 31 mil casos foram registrados nas Delegacias de Atendimento à Mulher em todo o estado.

Paulo Cesar Conceição, de 46 anos, coordena um centro de recuperação de homens condenados pela Justiça por violência doméstica. Ao G1, ele afirmou que a violência doméstica está impregnada na sociedade e quase não é percebida.

O psicólogo Paulo Patrocínio ressaltou que a violência se apresenta de formas diferentes e não apenas através da forma física, que é de conhecimento mais comum. São elas:

  • Violência física
  • Violência psicológica
  • Violência patrimonial
  • Violência moral
  • Violência sexual
  • Ciclo da violência

Patrocínio explicou ainda que a violência contra a mulher acontece através de um ciclo vicioso, normalmente. Segundo ele, os relacionamentos passam por três etapas que se repetem constantemente. E a violência pode ser interrompida de duas maneiras: com a interrupção da relação ou com o feminicídio.

“O ciclo da violência começa na ‘tensão’. Quando um casal perde o diálogo, começam as humilhações, provocações e ofensas. Em determinado momento, essa tensão perde o controle e acontece a explosão, que acaba gerando a violência. Nesse segundo estágio, acontecem sexo forçado, tapas, socos. Logo depois, há um rompimento em alguns casos. A mulher vai buscar os direitos dela garantidos por lei”, explicou o psicólogo.

“No terceiro estágio, é o intervalo chamado ‘lua de mel’. O homem entende que perdeu a mulher e tenta reconquistá-la. Pede desculpa, faz juras de amor, dá presentes, faz promessas, em uma intensidade muito grande. Ele não quer dar tempo para que ela possa refletir sobre o assunto. Depois de juntos novamente, ele não se vê correspondido e volta a entrar no estágio da tensão”, completou.

De acordo com os especialistas, casais que passaram por episódios de violência compartilharam de um relacionamento abusivo. A vítima, na maioria dos casos, só identificou as “irregularidades” do relacionamento depois em que as agressões aconteceram.

Para evitar episódios de desgaste emocional e até mesmo de violência física, o especialista Paulo Cesar Conceição listou cinco pontos de atitudes abusivas nos relacionamentos (veja lista abaixo). Caso a mulher identifique a presença de um ou mais fatores, deve ficar alerta.

Cinco comportamentos que identificam um possível agressor

  • Interferir no modo de vestir da companheira;
  • Hábito de controlar as redes sociais dela;
  • Humilha e tem costume de xingar a companheira;
  • Possessividade, ele determina sempre o que o casal vai fazer;
  • Interfere nas relações sociais.

Mapa da violência contra às mulheres em Guanambi e cidades da região

Serviço:

  • O disque 190 da Policia Militar, whatsapp:(77) 999744252;
  • Posto de Atendimento Ronda Maria da Penha – 77 99915-3259;
  • O Disque denúncia da Delegacia da Polícia Civil -3451-7761, whatsapp: 77 9975-8502;
  • Procurar a Promotoria Pública de Guanambi.

Fonte: site G1 / Portal Fala Você

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