Simples é tão simples que se inverter a ordem das letras complica.
O quanto a nossa vida de tão simples, que fora de início, foi se complicando… complicando… complicando…
Tudo começou com a ilusão da falta. Acreditamos sempre que tá faltando alguma coisa…
De falta em falta fomos “preenchendo” a vida de coisas e outras aquisições. Seria como olharmos para a palavra “SIMPLES” e sentíssemos que estaria faltando alguma letra, ou que, simplesmente as letras não estão na ordem correta.
Somos idiossincráticos, tão peculiares! Quando somos crianças, sentimos falta das coisas de adultos; quando adultos, percebemos que nos faltam algo de crianças que deixamos escapar por entre os dedos. É tão paradoxal esta questão que, quando estamos cheios do que é complicado, ansiamos pelo o que é simples. E assim, quando conseguimos viver alguns aspectos de simplicidade, tão logo nos flagramos complicando aqui e ali.
A infelicidade vai medrando e se insinuando através da descaracterização da nossa essência. Vamos ser sinceros! Deus que é um economista exímio iria criar uma espécie que colocaria em risco a ordem e a subsistência do conjunto!? Uma espécie que exaurisse os próprios recursos de sobrevivência, que dependesse de muito para viver?! Até que Ele criou. Os Dinossauros é um exemplo disso, mas na sintonia do conjunto eles se tornaram uma espécie muito dispendiosa e literalmente pesada para o planeta, e Deus, que não é besta, tratou logo de dar um jeito de leva-los a extinção. Agora, vejam a pergunta que fazemos a nós mesmos: será se não estamos sendo um “dinossauro” para este planeta?
Não estamos nos tornando um peso para o nosso globo!? Olhem bem! Por que se for é bom revermos o quanto complicamos a vida, consumindo em demasia os recursos naturais além do estritamente necessário para a perpetuação da nossa espécie. O planeta está “sacudindo” novamente, e como disse o imortal Raul Seixas, o planeta está como um cachorro pulguento, sacudindo as suas pulgas por não suportá-las mais. Aprendamos a sintonizar as nossas vidas através da bússola da simplicidade. Já pensamos que podemos estar vivendo e nos relacionando com o planeta de uma forma tão jurássica quanto viveram os dinossauros?! Será que a gente acredita que Deus brinca em serviço!! Seria Deus um administrador e economista displicente, negligente e invigilante quanto nós?!
Pensando… pensando… pensando… pensando… refletindo….
José Aparecido Santos
GBI-BA, 18/08/2018
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