Após citar escravidão, Luislinda desiste de pedir salário de R$ 61 mil

2 de novembro de 2017

A ministra dos Direitos Humanos Luislinda Valois voltou atrás do pedido que tinha feito para que o governo federal pagasse o salário integral da atual função. O acúmulo deste vencimento com a aposentadoria de desembargadora da Bahia que ela já recebe somaria R$ 61 mil, valor superior ao teto do funcionalismo, que é de R$ 33,7 mil.

Quando solicitou o complemento do salário, Luislinda argumentou que trabalhar sem receber o valor devido pela atividade realizada “se assemelha a trabalho escravo”. Como nenhum servidor pode receber mais do que um ministro do Supremo, a baiana tem mais de R$ 27 mil descontado do salário de ministra, recebendo pouco mais de R$ 3 mil para exercer o cargo.

Após a repercussão do seu pedido, o Ministério divulgou nota informando que a ministra protocolou requerimento de desistência da solicitação.

Em entrevista para à Rádio Gaúcha, concedida na manhã desta quinta, 2, antes da desistência ser divulgada, Luislinda argumentou que não errou ao citar a escravidão. “É algum pecado se fazer alguma analogia? Eu acho que eu não pequei. Eu acho que eu não errei. Por favor, não me crucifiquem só por isso”, disse.

Ela justificou seu pedido. “E como é que eu vou comer, como é que eu vou beber, como é que vou calçar? Eu como aposentado, podia vestir qualquer roupa. Eu podia calçar uma sandália havaiana e sair pela rua. Mas como ministra de Estado eu não me permito andar dessa forma, eu tenho uma representatividade”, explicou.

A ministra também defendeu seu direito de receber o salário integral de ministra. “Eu acho que é um direito que eu tenho, porque eu estou trabalhando”.  A Tarde

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