Debate entre candidatos ao governo tem Rui como principal alvo

3 de outubro de 2018

Rui Costa (PT), José Ronaldo (DEM), João Henrique (PRTB), Marcos Mendes (Psol) e João Santana (MDB) participaram na terça-feira, 2, do debate promovido pela Rede Bahia, afiliada da Globo no Estado, com mediação do jornalista da grade nacional da emissora Márcio Gomes. Os postulantes aproveitaram parte considerável do tempo para pedir votos aos respectivos candidatos a Presidência da República: Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, e Guilherme Boulos. A exceção ficou por conta de João Santana, que não fez nenhuma referência ao emedebista Henrique Meirelles. O atual governador Rui Costa foi o principal alvo dos concorrentes.

José Ronaldo adotou tom mais agressivo no penúltimo debate entre os candidatos e já no primeiro bloco indagou o atual governador da Bahia quanto aos números da segurança pública no estado. Ao que foi respondido por Rui que a segurança “é um desafio não só para a Bahia mas para todo Brasil”, e pediu mudanças nas leis no Brasil, que, segundo ele, só favorecem os bandidos. “A verdade é que o governador até no debate continua na propaganda do governo. A Bahia é o Estado mais violento do Brasil. A realidade é que esses novos policiais substituíram os aposentados e a frota trocada é porque os carros não tinham mais condições de uso”, rebateu José Ronaldo.

Após ouvir repetidas referências aos presidenciáveis Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, João Santana disparou contra os concorrentes: “Estou estupefato com esse pseudo debate. As pessoas aqui estão mais preocupadas em fazer propaganda dos seus candidatos a presidente do que debater suas propostas. Me parece que ninguém está preocupado com a economia da Bahia e com o que de fato importa”.

O clima esquentou a partir do segundo bloco, quando os principais embates ocorreram entre Rui Costa e José Ronaldo. Enquanto Rui apontou a união do DEM com o PSDB para o fomento de “um golpe contra Dilma”, e perseguirem o governo do estado, José Ronaldo  lembrou que a eleição de Temer foi parte da articulação política do PT, e fez referências à delação do ex-ministro Antônio Palocci. “Palocci falou ontem que roubaram do povo brasileiro. Você fica colocando a culpa nos outros, isto está virando rotina. Assuma suas responsabilidades, gere emprego… foi o  amigo do senhor, o Palocci quem denunciou e falou tudo isso”.

Rui respondeu que tem evitado a velha politica, e disse ter 7 mil jovens trabalhando no serviço público. “Vamos tirar a turma do DEM e PSDB que está ocupando os ministérios e impedindo que o dinheiro chegue ao estado”, acusou. João Henrique criticou os entraves entre o governo federal e estadual. “Por isso que a educação pública e a saúde estão enfrentando problemas, pois presidentes ou governadores que não comungam dos mesmos pensamentos prejudicam as pessoas no fim das contas”.

Santana voltou a criticar os concorrentes. “Não somos palanque de candidatos a presidente da República”, bradou. Marcos Mendes pediu a desmilitarização da polícia e salientou que os servidores da Segurança  no estado continuam recebendo remuneração de nível médio: “A carreira  policial precisa de mais de 17 anos para mudar de função, não é a toa que tem uma grande taxa de depressão entre os policiais. Precisamos de uma polícia parceira”.

José Ronaldo acusou Rui de fugir das perguntas e de reforçar as propagandas do governo. “O governo tem que rever o contrato da Arena fonte nova com a OAS e Odebrecht, e parar de aumentar impostos. Rui não responde as perguntas, fica fazendo mais propaganda”, disse o democrata.

Marcos Mendes perguntou novamente sobre as ações da polícia militar para Rui, que afirmou que “os policiais enfrentam bandidos com armas de guerra no Estado. A polícia tem que usar a energia necessária para enfrentar os bandidos”, e prometeu intensificar o monitoramento das ações policiais no estado. Mendes disparou: “Temos aqui os policiais que mais matam e que mais morrem no Brasil”.

“Vim para ouvir propostas mas até agora só ouvi ataques”, reclamou Rui e depois acusou José Ronaldo de cortar o acesso de pessoas à fila da regulação, quando prefeito de Feira.

O candidato do DEM novamente chamou Rui de “mentiroso” e disse que poderia provar. “Sugiro que o senhor baixe o tom de voz, está muito elevado e acredito que todos em casa estão escutando bem”, retrucou o petista.

Nas considerações finais, José Ronaldo ignorou o candidato da própria coligação à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), e mencionou o candidato pelo PSL, Jair Bolsonaro. A Tarde

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