Funcionários terceirizados do Hospital Geral de Guanambi fazem denúncias contra a direção da unidade; diretora citada rebate acusações

16 de outubro de 2020

Uma denúncia anônima enviada ao Jornalismo da Rádio 106 Fm, programa Fala Você Notícias, aponta que, supostamente haveria, por parte da diretora de Atenção Básica do Hospital Geral de Guanambi (HGG), Paula Melo perseguição e demissões . De acordo com a denúncia, Melo teria articulado demissões por motivos que os denunciantes classificaram como irrisórios como, por exemplo, atestados médicos. As denúncias foram levadas ao ar pelos jornalistas Willian Silva e Neide Lu na 106FM.

Outra parte das denúncias feitas à Rádio, Paula Melo teria demitido um funcionário, por conta de sua orientação política. Os denunciantes também apontam um suposto não atendimento aos funcionários do HGG. Nesse quesito, os denunciantes também disseram que a agenda da diretora estaria supostamente fechada desde o ano passado e que ela se recusa a atender os colaboradores do HGG.

As denúncias também dizem que Paula Melo não estaria exercendo a sua atividade no HGG. Segundo os denunciantes, Melo teria colocado uma pessoa de sua confiança para ficar como sua “secretária”. A denúncia observa que essa secretária, que supostamente seria a coordenadora de enfermagem faria apontamentos à Paula a respeito do andamento das atividades na unidade de saúde e até executando, de fato, os serviços de secretária.

Por fim, os denunciantes disseram que haveria uma lista de funcionários que seriam demitidos nas próximas semanas. A lista teria sido, supostamente, elaborada por Paula. Com isso, muitos funcionários estariam com receio de entrar de férias e serem demitidos. Outros, retornaram das férias mas não assinaram o retorno de férias pelo medo de serem demitidos. Os denunciantes também teriam entrado em contato com a Promotoria Pública através do Ministério Público da Bahia, representado por sua vez pela promotora Drª Tatyane Caires. Até o momento, não recebemos a informação se as denúncias já foram protocoladas no Ministério Público e se a promotora já teria tomado conhecimento do fato.

O outro lado

Em contato com a citada nas denúncias, a diretora Paula Melo disse que as denúncias apontadas não procedem.

Quanto a denuncia de que a diretora citada não estaria atendendo: Em resposta a esse questionamento, Paula informa que a Circular Interna baixada foi com o intuito de aperfeiçoar a comunicação entre os setores do HGG. Ela informou que alguns funcionários procuram a direção para tratar de assuntos setoriais e não procuram o coordenador do seu setor para articular as ideias. Isso não quer dizer que a direção não atenda os funcionários para tratar de demandas com suas particularidades.

Quanto às demissões que estariam sendo solicitadas pela diretora. Em resposta, Paula diz que o HGG ele não contrata funcionários. Ela refutou dizendo que não é sua atribuição contratar ou demitir funcionários. Segundo Paula, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) tem um contrato com a Fundação José Silveira, que por sua vez é fiscalizado por um Fiscal de Contratos da Sesab. Diante disso, esses funcionários são prestadores de serviço ao HGG. Paula esclarece, também, que os funcionários são chamados via Fundação José Silveira (FJS). Melo informa que no HGG há um preposto da FJS que faz essa comunicação entre a diretoria do HGG e a FJS para informar quem entra e quem sai. Paula observa que os funcionários são fiscalizados pelo citado fiscal de contratos e sua coordenação local e que, nestes funcionários, são observados pontos como conduta, postura ética, domínio, assistência e prestação de serviço.

Quanto aos atestados citados, são de responsabilidade da FJS e que não compete a direção do HGG e a Sesab julgar atestados. A única parte que compete ao HGG é pedir a FJS que coloque outro profissional no lugar para que a assistência não fique descoberta.

Quanto à denúncia de Paula teria colocado uma pessoa de sua confiança dentro do Hospital: A diretora esclareceu que a Coordenadora de Enfermagem ela é nomeada e, por conseguinte, a citada profissional é concursada. Paula disse que a tarefa dessa coordenadora é organizar e dar sequencia aos fluxos e os processos de trabalho. Paula informou também citou que a profissional não é sua secretária, não faz trabalho de fiscal de contratos, não recebe atestados e não faz papel de passar recados. Ela apenas recebe comunicações de seu superior imediato caso haja a necessidade de substituição de algum profissional ou alguma demanda de sua área, solicitando à FJS a resolução de alguma demanda que a compete. Ela pontua que existem pessoas que fizeram uma interpretação errada por elas estarem próximas devido às funções que executam e que, com isso, as funções atribuídas a direção, coordenação e demais organismos da administração direta do HGG é fazer o hospital funcionar como deve ser, prestando assim, de acordo com Paula, um serviço de excelência, bem como cobrar das empresas prestadoras de serviço que cumpram os acordos pré-estabelecidos.

Quanto a denuncia que supostamente a diretora não ficaria no hospital HGG Paula diz que, desde o início da pandemia ela dobrou o seu horário de trabalho. Ela também diz que está no HGG o dia inteiro e que, retorna a sua casa só à noite.

Quanto à agenda fechada: Paula diz que, com a pandemia, a agenda de atendimento com demanda livre foi suspensa, mas que continua atendendo através de e-mail e telefone, sempre estando à disposição para atender por esses canais de comunicação já citados. Ela pontua que, também, atende a demandas internas que também são importantes.

A diretora informou que tem a rotina diária de andar pelas dependências do hospital, visitando diversos setores. Mesmo com essa rotina, Paula disse que está sempre acessível a todos os funcionários dentro do HGG.

Disponibilizado o espaço para participação dos envolvidos no programa diante do que foi exposto, os reclamantes disseram que “há algumas respostas dadas por Paula que não estão sendo verdadeiras. No hospital quem faz essa fiscalização de assistência, qualidade, postura ética e profissional são os coordenadores de setores. Não há da fundação nenhum profissional específico para tal função. A fundação por sua vez respondeu a todos (funcionários) os que a procuraram que as demissões foram feitas a pedido da diretora geral, e não partiu da fundação“, disseram os denunciantes.

A Diretora Paula Mello, reafirmou que “o preposto da Fundação Fundação José Silveira no HGG é Lorena Karen de Oliveira Silva, portanto não menti na informação. Tais acusações infundadas cabem dano moral, pois apontam para mim ações que fogem da minha governabilidade na qual não posso ser acusada.  Se os profissionais foram demitidos pela empresa e tem relatório técnico ou ético incompatível com uma assistência de qualidade, o único responsável é ele”, disse.
E ainda pontua, “tenho minha trajetória profissional marcada por trabalho e justiça, NUNCA em situações contrárias à uma conduta ética e humana”, considerou Paula Mello.

A nossa redação em contato com a preposta da Fundação José Silveira, Lorena Karen, para saber sobre a declaração dos reclamantes sobre que “A fundação por sua vez respondeu a todos (funcionários) os que a procuraram que as demissões foram feitas a pedido da diretora geral, e não partiu da fundação“, Lorena informou que o motivo repassado para ela da FJS sobre às demissões foi para “ajuste de postos, e nada mais”, essa foi a resposta dada aos demitidos no momento da alegação.  Hoje,16, Lorena, confirmou mais uma vez com seus diretores em virtude de algum demitido ter entrado em contato do a FJS e foi informada  que “a alegação que fizeram falando que a diretora que fez as indicações para demissão não procede”, afirma.

A nossa reportagem acompanhará o caso de acordo o desenrolar da justiça.

Portal Fala Você Notícias

Atualização da matéria às 13h49, do dia 16 de outubro de 2020.

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