Greve nas universidades: Rui Costa se reúne segunda (8) com reitores

8 de abril de 2019

Rui afirmou que vai tratar da questão orçamentária com gestores da Uesb, Uefs e Uneb

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se reúne nesta segunda-feira (8), na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com os reitores das três universidades estaduais em greve no estado. O encontro com os gestores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade do Estado da Bahia (Uneb) vai acontecer durante à tarde para tratar da questão orçamentária. O reitor da Uneb confirmou presença na reunião.

Desde a última quinta-feira (4), as três universidades aprovaram greve por tempo indeterminado. A partir de amanhã (9), mais de 40 mil alunos das três instituições ficarão sem aulas. Os estudantes, no entanto, apoiam a decisão dos professores.

A deflagração da greve, segundo os docentes, é resultado da falta de negociação por parte do governo do estado, que em nota se disse surpreso com o anúncio. Os docentes alegam desrespeito aos direitos trabalhistas, como a não promoção, progressão e alteração de regime de trabalho de docentes, que, nos últimos anos, conseguiram elevar de grau no que se refere aos títulos acadêmicos.

Eles se queixam de há seis anos não terem aumento de salário acima da inflação, o que, segundo eles, só ocorreu em 2013, quando houve reajuste de 7% no salário base – na docência, o menor valor é de R$ 1.727,54, de professor auxiliar 20h – início de carreira.

Eles querem a recomposição de valores decorrentes das perdas com a inflação, ocorrida a última vez em 2015. Os professores afirmam que, “há quatro anos sem a recomposição, os salários já sofreram perdas que superam 25%”.

Decisão do coletivo da  ADUNEB

Na quinta (04/04/2019), a assembleia da ADUNEB debateu e deliberou Greve! Durante o debate na assembleia, o Coletivo Docente ADUNEB de luta e pela Base fez a diferença! O que não nos faltam são motivos para estarmos em greve. Elencamos e argumentamos cada um desses motivos: Direitos trabalhistas – Mais de 400 docentes aguardam suas promoções, progressões e alterações de regime de trabalho; Recomposição da inflação – estamos há quatro anos sem a recomposição salarial; Aumento salarial – O último aumento salarial ocorreu em 2013, de 7% no salário base; Alíquota previdenciária – No apagar das luzes, em 12 de dezembro de 2018, o governador Rui Costa encaminhou, e aprovou, na Assembleia Legislativa uma lei que aumentou a alíquota previdenciária estadual de 12% para 14%; Alteração do Estatuto – Atropelando uma luta histórica do movimento docente, o governo do estado alterou o Estatuto do Magistério Superior, com a revogação do artigo 22 da Lei 8352/2002, retirou dos docentes com Dedicação Exclusiva a possibilidade de utilizarem mais tempo à pesquisa, extensão e pós-graduação; Planserv – com a aprovação da lei 14.032/18, os repasses orçamentários do governo para o Planserv foram reduzidos em 50%, um corte de aproximadamente R$ 200 milhões por ano; Contingenciamento – De 2011 a 2016 o governo estadual impôs seis decretos de contingenciamento; RH Bahia – Fere a autonomia das universidades, além dos seus inúmeros problemas, que vão desde a dificuldade de acessar a página à ausência de benefícios, a exemplo da produção científica, auxílio alimentação, não pagamento de 1/3 de férias, até o extremo da redução dos salários; Maior orçamento – Desde 2012 o Movimento Docente reivindica o aumento do repasse orçamentário do estado para 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI); Passagem docente – Desde o início de 2018, a UNEB não realiza mais a compra de passagens intermunicipais para os docentes que atuam no interior, o que onera o docente que necessita deslocar-se para atender uma das características principais da UNEB: a multicampia.

Nós, do Coletivo Aduneb de Luta pela Base, colocamo-nos à disposição para encamparmos a luta junto ao comando de greve, sempre acreditando que “só a luta muda a vida”!

Agradecemos e parabenizamos aos/às estudantes que pela brilhante participação na assembleia docente de ontem, somando-se a nós no entendimento que: “A situação é grave então, é greve”! Correio / Portal Fala Você

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