Ibuprofeno: como ressaca levou à descoberta de um dos remédios mais populares do mundo

6 de fevereiro de 2019

Stewart Adams sabia que tinha encontrado um possível novo analgésico em 1961, quando se curou de uma ressaca antes de um discurso importante.

Stewart Adams sabia que havia encontrado um possível novo analgésico quando se curou de uma ressaca pouco antes de fazer um discurso importante.

“Eu era o primeiro a falar e estava com um pouco de dor de cabeça depois de uma noite com os amigos. Então tomei uma dose de 600 mg, só para garantir, e achei que foi muito eficaz.”

Adams morreu na última quarta-feira, aos 95 anos. Aos 92, o farmacêutico relembrou em entrevista à BBC os anos de pesquisa, os testes intermináveis de compostos e as muitas decepções antes de ele e sua equipe chegarem ao ibuprofeno.

Desde a aprovação e comercialização da droga, há 50 anos, o ibuprofeno tornou-se um dos analgésicos mais populares do mundo. É difícil encontrar um armário de remédios que não tenha esses comprimidos.

Está com febre? Dor de cabeça? Dor nas costas? Dor de dente? Então é provável que o ibuprofeno seja a droga escolhida para tratar seus sintomas porque é de ação rápida e está disponível até em supermercados.

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido alerta, no entanto, que o medicamento deve ser tomado na menor dose e pelo menor tempo possível, já que pode causar efeitos colaterais como náuseas e vômito.

Sua popularidade para o tratamento de dores não é apenas um fenômeno em território britânico. Na Índia, por exemplo, é a escolha preferida para febre e dor e, nos Estados Unidos, tem sido um medicamento de venda livre desde 1984. Também é usado para tratar inflamação em doenças como a artrite.

E, como o próprio Adams notou em uma viagem ao Afeganistão na década de 1970, até as remotas farmácias da aldeia ao longo do passo Khyber vendiam sua descoberta.

Como o ibuprofeno funciona?

É um medicamento anti-inflamatório não esteroide. Porque tem uma estrutura química diferente dos esteroides, o ibuprofeno não é tão tóxico.

Ele reduz a dor ao mirar em compostos chamados prostaglandinas, que causam inflamação no corpo. A inflamação pode causar inchaço, calor, vermelhidão, perda de função, febre e dor.

O efeito analgésico começa logo após a dose ser tomada, mas pode levar mais tempo para a inflamação diminuir.

O sucesso do ibuprofeno tem sido no tratamento de pequenas dores. Mas, como todo medicamento, ele tem efeitos colaterais, principalmente se seu uso for contínuo. Riscos de ataques cardíacos e abortos estão entre eles, além de reações menos graves, como náuseas e vômito.

No ano passado, pesquisadores da Universidade de Copenhague constataram outros efeitos do uso prolongado do ibuprofeno, como infertilidade masculina, perda muscular, fadiga e disfunção erétil. G1

 

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